Os Buscadores de Akakor, a cidade perdida da Amazônia



Akakor, uma suposta cidade subterrânea em algum lugar da Amazônia é o motivador que leva leitores ávidos da sua história a empreender uma busca no desconhecido para encontrá-la . 

Entre as décadas de 70 e 80, Tatunca Nara, autodenominado herdeiro de Akakor, e o jornalista alemão Brugger, faziam expedições em busca da cidade perdida no meio da Amazônia.


 Tatunca, o herdeiro de Akakor

Alemão por nascença, Hans Richard Günther Hauck Mais conhecido como Tatunca Nara fugiu para o Brasil em meados de 1968, deixando mulher e filhos para trás. Ele passou a contar histórias sobre uma cidade perdida no subterrâneo da floresta, protegida por um sistema complexo de túneis. Ele acreditava  ser o herdeiro de Akakor, escolhido  para guardar segredos e informações sobre eventos espaciais que acontecem no planeta Terra. A cidade  ainda guardaria segredos que podem desvendar o mistério de el dourado.

Segundo Tatunca Nara, sua civilização teria sido fundada em 13 mil a.C. por brancos de cabelo e barba negra-azulada que seriam extraterrestres que vieram de um sistema solar chamado Schwerta e eram semelhantes a humanos exceto por terem seis dedos.


Karl Brugger , o  jornalista

O jornalista  Karl Brugger, correspondente da rede de televisão alemã ARD na época, chegar em Manaus, conheceu Tatunca Nara, que o conquistou com suas histórias sobre Akakor. 


Segundo Brugger: “foi a história mais estranha que já ouvi”. Era uma história de visitantes extraterrestres, ritos secretos de “anciãos” e incursões de “bárbaros brancos”, todas descritas exaustivamente e em grande detalhe, e sem interrupções “desde o ano zero até o presente”.


Em 1976, Brugger publicou "A Crônica de Akakor" com prefácio especial de Erich Von Daniken, autor do livro "Eram os deuses astronautas?". 



A  busca por  Akakor


Diz a lenda que o portal de acesso a Akakor fica embaixo da cachoeira mais alta do Brasil, a El Dorado, com mais de 350 metros de altura e a exigentes três dias de caminhada de Barcelos, no inóspito Parque Estadual Serra do Aracá.


Nara partiu junto com Brugger em busca da cidade e de seus habitantes, os Unha Mongulala. Brugger e outro repórter levavam um aparelho chamado nagra que funcionava como um gravador. Logo no início da expedição, o aparelho sumiu. A câmera de vídeo  que acompanhou os viajantes estava sob a responsabilidade de  Nara. Meses depois o mesmo devolveu a câmera ao jornalista sem nenhum filme.


Os únicos registros  foram feitos por Karl Brugger  com uma câmera Super-8, que utilizou para enviar o material para a Alemanha junto a relatos da história com um tom ficcional e exagerado.


Obcecado por encontrar Akakor,  em 1984 o jornalista pediu a aposentadoria precoce do veículo alemão em que trabalhava e pouco tempo depois, no Rio de Janeiro, foi assassinado a tiros, o culpado nunca foi encontrado. Sua morte gerou várias teorias da conspiração. Será que Brugger sabia coisas demais? Alguns acreditavam que haviam morrido devido a tatuagem de tartaruga que ele fez igual à Tatunca, um símbolo dos escolhidos.


Os Buscadores Desaparecidos de Akakor


Inspirados pela leitura de  “Crônica de Akakor”  a cidade de Barcelos no Amazonas, virou um ponto turístico para aventureiros entusiasmados pelo mistério de Akakor. A busca fez três vítimas, todas as três tinham sido atraídas para a região depois de ler o livro, e pediram a  Tatunca Nara para guiá-las.

A primeira pessoa a desaparecer em busca da cidade submersa  foi John Reed, um jovem norte-americano. Guiado pelo próprio Tatunca Nara,  Reed desapareceu na Amazônia no final de 1980.

Três anos depois, O especialista em florestas suíço Herbert Wanner desapareceu em 1984. Seus tênis, alguns ossos e um crânio com um buraco de bala foram encontrados um ano depois. 

A terceira pessoa a desaparecer foi Christine Heuser, uma instrutora de ioga da Alemanha. Ela estava convencida de que tinha sido mulher de Tatunca Nara em uma vida passada. Ela o visitou no verão de 1986. Há uma foto que a mostra dependurada em um cipó, com o torso nu. Ela nunca foi encontrada.


A cidade de Akakor aparece no filme Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, onde é mostrada uma pirâmide na cidade, além de ruínas, que nunca chegaram de fato a ser encontradas.  


o Discovery  retoma a expedição na produção do  documentário chamado "A Maldição de Akakor"  A produção também está disponível no Discovery+.



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