É a fase reflexiva, a fase obscura por excelência, a fase do silêncio, da introspecção, da solidão, de “se voltar para o interior”.
Nessa fase do ciclo, a mulher tem menos energia física e a sua força está voltada para dentro, para a energia espiritual e psíquica.
A mulher quer estar tranquila e a interação com o exterior pode chegar a ser incômoda. Seu corpo está muito mais sensível, por isso ela pode se conectar de forma especial com ele e com as mensagens que transmite.
Nesse período há um potencial de maior abertura para o inconsciente, acessando sonhos, memórias e também ideias para projetos futuros. Nesta fase a mulher pode confiar mais em seu instinto e intuição.
Essa não é uma fase para execução de projetos, para ação ativa, é um período de recolhimento. Aqui manifestamos a energia do inverno, de recolhimento e pausa, quietude e acolhimento de si.
O inverno é uma época de reflexão interior, uma época de morte metafórica.
Hibernação e repouso são duas qualidades do inverno que caracterizam com precisão o que é esta fase para uma mulher. O inverno interno não é uma época para dar aos outros, mas para nós mesmas. Essa etapa pede para descansar, rezar, meditar e reflexionar.
São as energias Yin, mais introspectivas e que pedem um certo afastamento das atividades cotidianas, o que nem sempre é possível. Mas diminuir o ritmo é necessário e quando isso não é feito naturalmente o corpo acaba por cobrar esse tempo de outra forma que nos obrigue a pausa.
O corpo feminino muda com as fases do ciclo, a disponibilidade de energia e o humor também, assim como a mestruação é de certa forma inevitável, (naturalmente falando) as emoções associadas a cada fase também são. Elas fazem parte do aspecto selvagem da natureza cíclica feminina. O que não é valorizado socialmente fazendo com que as mulheres busquem reprimir sua natureza, indo contra o seu fluxo, se forçando à estar ativas neste período para atender expectativas sociais ou de toda forma dos outros.
Aprender a amar a si mesma durante esse período e respeitar os próprios limites é o comportamento mais saudável que podemos adotar para nós mesmas e nossa família e até mesmo para os nossos projetos e relações profissionais.
O conselho aqui é, o arquétipo está naturalmente presente só precisa de espaço para ser vivenciado, criar esse espaço cabe a cada mulher dentro das suas próprias possibilidades. Descanse o máximo que puder, diga não para alguém pra dizer sim pra si mesma e para a anciã que está presente. Se dê o máximo de tempo possível e vá ajustando sua agenda pra ir aumentando esse tempo gradualmente no seu período de lua. Você também pode experimentar a Mandala Lunar.
Esta é a fase da Lua Negra ou lua nova, o aspecto oculto da Deusa, quando a maré está baixa, o momento mais escuro da noite. É uma fase de morte/renascimento. É um momento de limpeza, durante esse período o corpo e mente passam por um processo de limpeza onde deixamos ir aquilo que não precisamos mais ou que não queremos em nós mesmas e em nossas vidas. Portanto é um excelente momento para trabalhar internamente essas questões. à medida que se solta o sangue através da menstruação, pode-se soltar pensamentos, crenças ou hábitos que já não servem.
“A capacidade criadora da mulher é seu trunfo mais valioso, pois ela é generosa com o mundo externo e nutre a mulher internamente em todos os níveis: psíquico, espiritual, mental, emocional e econômico. A natureza selvagem derrama-se em possibilidades ilimitadas, atua como um canal de vida, revigora, mitiga a sede, sacia a nossa fome pela vida profunda e selvagem. Seria ideal que esse rio criador não fosse represado, não sofresse desvios nem fosse mal utilizado.” Clarissa Pikola
A Lua Nova traz o Espírito da anciã nos lembrando do sagrado amadurecimento, de honrar nossos corpo e todas as suas marcas, toda a sua beleza e capacidade, honrar aquele que nos trouxe até este momento na nossa experiência física.
- Deusas e orixás relacionadas: Kali, Héstia, Nanã, Hécate
- Estação do ano: Inverno
- Fase da Lua: Nova
- Fase da idade da mulher: Anciã
Palavras-chave: Paz e sossego, descanso, tempo sozinho, dê-me espaço, aconchego, não estou disponível para você agora, sensibilidade, sabedoria, criatividade, desapego, renovação.
Se você deseja se aprofundar Miranda Gray, no livro Lua Vermelha e Descubra as Deusas dentro de você resgata os ensinamentos sobre os arquétipos femininos durante cada fase.
No artigo Mulheres de lua você pode aprender sobre e baixar a Mandala Lunar Menstrual para rastrear seu ciclo, analisa-lo e compreender mais de si mesma conforme passa por cada fase do ciclo.
Dicas de livros para começar a sua jornada:
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