Você Teme as Críticas? Exatamente de que modo o homem chegou a esse temor, ninguém o sabe com certeza – mas uma coisa é certa: ele o tem de maneira bastante desenvolvida.
O medo à crítica rouba a iniciativa ao homem, destrói o poder de imaginação, limita a individualidade, tira-lhe a autoconfiança, causando-lhe danos em centenas de outras maneiras. Pais causam aos filhos, às vezes, ferimentos irreparáveis, ao criticá-los. A mãe de um de meus companheiros de infância costumava castigá-lo quase diariamente, com uma chibata, sempre completando a obra com a afirmação: “Você acabará na penitenciária antes dos vinte.” Mandaram-no a um reformatório, aos dezessete anos de idade. Crítica é uma forma de serviço que todos têm em demasia. Todos possuem um estoque dela, distribuindo-a, de graça, quer a pedido, quer não. Os parentes mais próximos são, às vezes, os piores ofensores. Deveria ser considerado crime (na realidade e crime da pior espécie) os pais criarem complexos de inferioridade na mente da criança, por críticas desnecessárias. Empregadores que compreendem a natureza humana conseguem o máximo dos homens, não através de críticas, mas por sugestões construtivas. O mesmo resultado pode ser obtido pelos pais, com relação aos filhos. A crítica implanta o medo no coração humano, ou então ressentimento, mas nunca amor ou afeição.
Sete Sintomas que Demonstram Medo à Crítica
Esse medo é quase tão universal quanto o medo da pobreza e seus efeitos fatais a realização pessoal, principalmente porque destrói a iniciativa e desencoraja o uso da imaginação. Os sintomas principais são:
1. Acanhamento: Geralmente expresso por nervosismo, timidez na conversação e em conhecer estranhos, movimentos desajeitados das mãos e membros, olhares desviados.
2. Falta de equilíbrio: Expressa por falta de controle da voz, nervosismo na presença dos outros, má postura do corpo, péssima memória.
3. Personalidade fraca: Falta de firmeza nas decisões, de encanto pessoal e capacidade de exprimir opiniões com firmeza. Hábito de desviar-se dos assuntos, em vez de encará-los. Concordância com os outros, sem antes examinar lhe as opiniões, com cuidado.
4. Complexo de inferioridade: Hábito de expressar auto aprovação oralmente e por ações, como meio de disfarçar o sentimento de inferioridade; usar palavras “grandiloquentes” para impressionar os outros (muitas vezes sem conhecer-lhes o verdadeiro significado), imitar outros na maneira de vestir, falar e nos modos, jactando-se de realizações imaginárias. Isso dá, por vezes, a aparência superficial de um sentimento de superioridade.
5. Extravagância: Hábito de tentar “emparelhar com os Silva”, gastando além das possibilidades.
6. Falta de iniciativa: Fracasso em aproveitar oportunidades de progredir, medo de expressar opiniões. Falta de confiança nas próprias ideias, dando respostas evasivas as perguntas formuladas por superiores, hesitarão nas maneiras e no falar, falsidade nas palavras e feitos.
7. Falta de ambição: Lassidão mental e física, falta de autoafirmação, lentidão em chegar às decisões, facilidade em ser influenciado; hábito de criticar os outros, nas costas e elogiá-los na frente; hábito de aceitar a derrota sem protesto ou fugir a um empreendimento, se encontrar oposição; suspeita imotivada dos outros, falta de tato nas maneiras e no falar, má vontade em aceitar a culpa dos erros.
Pise com força no medo da crítica, alcançando a decisão de não se preocupar com o que os outros possam pensar, fazer ou dizer.
#trecho de livros com Pense e Henriqueça - Napoleon Hill
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