O Que é e Como Nasce Uma Crença



O que são crenças?

Crenças são suas percepções sobre como a vida é, ou deveria ser, ou poderia ser, codificada em regras que filtram e moldam seu pensamento sobre o que é possível. Com o passar do tempo, elas se transformam em regras automáticas que operam subconscientemente guiando seus pensamentos e ações no piloto automático.

Elas começaram como premissas sobre como partes do mundo são, mas com o passar do tempo tornaram-se expectativas endurecidas que agem como uma lente e filtro através das quais você vê e interpreta o mundo.

Embora criemos algumas de nossas crenças, muitas delas simplesmente adotamos de outras pessoas ou somos impressionados com a sociedade. Todos nós absorvemos as normas de nossa cultura, mas muitas vezes nos esquecemos de questionar se elas estão nos servindo ou nos limitando. A verdade é que muitas das crenças que adotamos são enfraquecedoras e contraproducentes.

Como nascem as crenças?

Você observa um evento, gera uma percepção ali com seus julgamentos e sentimentos sobre aquele evento e as pessoas envolvidas e isso gera uma crença, (“eu sei que”) ou uma crença é simplesmente adotada, você imitou, adotou como verdade algo que foi passado pelos seus pais por exemplo. E se a crença é forte o suficiente, ela começa a atrair experiências consistentes com ela, validando e fortalecendo a crença original. Como se o universo quisesse provar que você sempre tem razão. E quando as experiências validam seus pensamentos aquilo vai ficando mais e mais forte, vibrando mais alto e atraindo mais do mesmo.

Como e por que adotamos as crenças dos outros?

Nós assumimos as crenças dos outros por imitação e condicionamento. Durante a infância, nos tornamos doutrinados por meio de figuras de autoridade como pais, professores, sacerdotes, especialistas, etc. Um dos fatores psicológicos que estimula nossa adoção de crenças oferecidas por outros é nossa profunda necessidade de nos ajustarmos e sermos aceitos. Por causa disso, há um viés muito forte para se adequar às crenças e comportamentos de nossa sociedade.

Nos tornamos fortemente identificados às nossas crenças, independentemente de sua fonte. E para o bem ou para o mal, vamos defendê-las tenazmente e, inadvertidamente passá-las para outras pessoas, incluindo nossos filhos. Mas é importante notar, que suas crenças governam como você pensa e age, mas elas NÃO são você. Você pode desconstruir e construir novas de sua escolha, e isso é exatamente o que você precisa aprender a fazer se quiser viver com paz interior acima de tudo e cocriar uma vida com mais alegria.

CONFLITO: CRENÇA E ACHISMO

O que pode tornar as coisas confusas é que você pode me dizer que acredita que quer mais dinheiro, quer um trabalho melhor, quer ser promovido. Que isso tudo está no seu lado da folha de bom e correto = quero. E no fundo do seu inconsciente ter uma CRENÇA de que passar na frente dos outros, faz de quem pratica isso uma má pessoa. Não necessariamente você tem uma crença de que sucesso é ruim, ou de que você não é bom o bastante para ser promovido. Mas baseado no sistema de que todos queremos ser aceitos e pertencer, sendo boas pessoas. Seu subconsciente vai usar tudo que você percebeu que pode tornar uma pessoa “má” e não deixar você SE TORNAR aquilo, porque assim ele protege você e os seus princípios.

É como se crenças tivessem níveis diferentes, consciente e inconsciente algo como raso e profundo. Rasamente você pode acreditar/achar que dinheiro é bom e você quer mais, mas no fundo crer que dinheiro causa dor, brigas, humilhação etc. Consequentemente você manifesta pouco dinheiro, até um limite, e toda vez que o dinheiro te falta e isso gera uma dor/problema na sua percepção, você culpa o dinheiro e isso gera um conflito interno onde ele é a solução e a razão do problema ao mesmo tempo. Então como você vai atrair mais, se mais dinheiro é o mesmo que mais problema? E o seu sistema é primariamente programado para evitar problema/perigo. Resolver é secundário, ideal é proteger e evitar.

Então você acha que quer algo e que isso é bom, e acha que não quer algo e que isso é ruim e sente felicidade com um e sofre com outro. Tudo bem, mas no seu interior tem uma crença/percepção que funciona de maneira oposta. Não é sempre uma crença oposta exatamente, seguindo o exemplo do dinheiro, na sua lista de achismo ele é bom = quero, na sua crença inconsciente não é que ele é mau. Mas ele pode representar algum “perigo” dentro das coisas que você armazenou como primordiais.

Nem sempre esse conflito vai existir, geralmente ele está nas coisas que você “quer” mas não manifesta. Você pode ter uma crença que é compatível no nível consciente e inconsciente, ela vai se auto validar do mesmo jeito. E são as coisas que você diz que acredita e com alguma frequência pode dizer que tem razão. Que se manifestam do jeito que você quer, ou não é do jeito que você quer, mas você diz no final, “ta vendo, eu sabia que isso ia acontecer”. Quando você começa a dizer “eu sabia,” aquilo já se auto validou tanto que começa a existir um alinhamento de mais e mais percepções compatíveis internas, na superfície e no externo.

Sua crença primária molda a sua percepção futura, você crê que dinheiro causa dor, brigas, humilhação e “escolhe” não ter muito para evitar esses problemas. E não ter muito faz com que você tenha a percepção que dinheiro é sempre um problema na sua vida e que você sofre por causa disso. E isso se torna uma outra crença. E atrai outras experiências que vão validá-las.

Por causa dessa dinâmica auto-reforçada, nossas crenças podem ficar profundamente arraigadas. Nós tendemos a ficar muito convencidos de que nossas crenças são justificadas, realistas e válidas. Esta é uma das razões pelas quais mudar nossas crenças pode ser tão difícil. Outra razão é que as vezes nós não entendemos onde elas se originaram e isso faz com que a gente se julgue ou se culpe por elas ao invés de mudar a percepção que conseguimos, que é a de agora.

Talvez você não possa pagar um processo ou um curso para descobrir qual é a origem da crença que ta causando o que você chama de problema. E talvez você ainda não consiga chegar lá no fundo sozinho. Mas você pode começar a mudar a sua percepção do seu presente. Buscar outros pontos de vista para a sua condição, para os julgamentos que tem feito de si mesmo e de outras pessoas. E trabalhar na limpeza das suas dores e como você as percebe com as ferramentas que você tem agora.

Uma abordagem que torna a mudança de suas crenças muito mais fácil começa com a adoção de uma verdade profunda sobre a natureza da realidade – não há realidade absoluta, todas as realidades são geradas por seus pensamentos e crenças. Não há verdade absoluta, tudo é relativo a percepção, pontos de vista que você pode escolher a cada momento.

Isso não é uma verdade absoluta, é uma percepção baseada em observação, estudo e prática e em constante evolução. Se serve pra você, se faz sentido pra você, amém, se não faz amém. A sua percepção é a sua verdade.


Te desejo paz sobre todas as coisas.

O Kali Maluhia no me oe.

♾ @Interconexão


  


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