As subdivisões aparentemente “separadas” da mente, a consciente e a inconsciente, são interdependentes. A mente consciente é a mais criativa e a que gera “pensamentos positivos“.
Já a mente subconsciente é um depósito de reações e de respostas a estímulos derivados dos instintos e das experiências vividas. Mantém (infelizmente) sempre o mesmo padrão habitual, emitindo as mesmas respostas comportamentais ao longo de toda a vida.
Quantas vezes você já não se irritou ou perdeu a paciência por razões triviais como um simples tubo de pasta de dente? Provavelmente lhe ensinaram desde criança a tampá-lo após o uso. Então, quando o encontra destampado você automaticamente se enfurece. É uma simples resposta de estímulo a um comportamento programado armazenado em sua mente subconsciente.
Quando se trata de habilidades de processamento neurológico, a mente subconsciente é milhões de vezes mais forte que a mente consciente.
Nossa mente consciente interpreta esses sinais como emoções. A mente consciente não só é capaz de “ler” o fluxo de sinais de coordenação celular que compõem toda a “mente” do corpo, como também de gerar as emoções, que se manifestam por meio da emissão controlada de sinais pelo sistema nervoso.
Se os desejos da mente consciente entram em conflito com os programas subconscientes, qual lado você acredita que vencerá?
Você pode repetir centenas de vezes afirmações positivas do tipo “as pessoas me amam” ou “irei me curar do câncer”. Se aprendeu desde criança que não pode ser amado ou que tem saúde frágil, essas mensagens programadas em suamente subconsciente vão fazer cair por terra todos os seus esforços para modificar sua vida.
Para usar a mente a favor do corpo e da realidade que desejamos criar precisamos conversar com o subconsciente. Colocar o consciente e o inconsciente em alinhamento para a mesma coisa. Para isso é preciso desmantelar o depósito no subconsciente que é contrário ao objetivo.
Por meio da autoconsciência, a mente pode usar o cérebro para gerar “moléculas de emoção” e agir sobre todo o sistema. Enquanto o uso apropriado da consciência pode tornar um corpo doente mais saudável, o controle inconsciente inapropriado das emoções podem causar muitas doenças.
Embora as respostas comportamentais condicionadas possam ser muito complexas, elas não envolvem o uso do cérebro. Por intermédio do processo de aprendizagem condicionada, as reações químicas neurais entre os estímulos e as respostas comportamentais se consolidam para garantir um padrão repetitivo.
Essas reações consolidadas se chamam “hábitos“. As ações da mente subconsciente são reflexivas por natureza, e não governadas pela razão ou pelo pensamento. Fisicamente, esse tipo de mente está associada a atividades de todas as estruturas do cérebro de animais que não têm autoconsciência desenvolvida.
Humanos e alguns mamíferos desenvolveram uma região especializada do cérebro associada ao pensamento, planejamento e tomada de decisões chamada córtex pré-frontal. Essa parte do cérebro parece ser o centro do processamento da “autoconsciência“. A mente autoconsciente é auto-refletora, um novo “órgão sensor” que observa nosso comportamento e emoções. Essa mente autoconsciente também tem acesso à maior parte das informações armazenadas em nosso banco de memória. Trata-se de um recurso extremamente importante, que nos permite lembrar de todo o nosso histórico de vida e assim poder planejar nossas ações futuras. Além de ser auto-refletora, a mente autoconsciente é extremamente poderosa. Observa todos os comportamentos programados que adotamos, avalia cada um deles e decide conscientemente se deve modificá-los.
Podemos escolher como reagir à maioria dos sinais do ambiente e até se vamos ou não reagir a eles. A capacidade da mente consciente de se sobrepor aos comportamentos programados da mente inconsciente é o que nos permite ter livre-arbítrio. No entanto, essa faculdade especial também é uma espécie de cilada. Enquanto a maioria dos organismos precisa receber diretamente um estímulo específico para reconhecê-lo, a habilidade do cérebro humano de “aprender” é tão avançada que podemos adquirir determinadas percepções indiretamente, a partir da experiência de outras pessoas. Mas uma vez que aceitamos essas percepções como “verdades”, elas se tornam definitivas em nosso cérebro e passam a ser nossas próprias “verdades”. E aí está o problema: e quando as percepções de nossos “professores” estão erradas? Acabamos absorvendo informações imprecisas.
A mente subconsciente é basicamente um dispositivo (interruptor) de estímulo- reação. Não há “fantasmas” nesta “máquina” capazes de avaliar as consequências de cada programação que absorvemos. O subconsciente trabalha somente no momento “presente”. Consequentemente, as impressões equivocadas não são “monitoradas” e acabam nos fazendo desenvolver comportamentos inapropriados e limitadores.
O sistema de memória subconsciente capta e armazena sem filtros, e muito rapidamente, todo tipo de percepção do ambiente sobre objetos e situações que ameacem a vida ou o corpo físico. Se lhe ensinaram que cobras são perigosas, toda vez que você depara com uma delas adota (inconscientemente) uma postura defensiva para se proteger.
Meios de conversar com o subconsciente é acalmar o sistema nervoso, o que pode ser feito através da meditação, técnicas de respiração, mantras pra manter a mente focada, técnicas que incluem trazer em algum momento “memórias” agradáveis para estimular positivamente o sistema emocional.
A nova compreensão da mecânica do universo mostra como o corpo físico pode ser afetado pela mente não-material.
Pensamentos, que são a energia da mente, influenciam diretamente a maneira como o cérebro físico controla a fisiologia do corpo. A “energia” dos pensamentos pode ativar ou inibir as proteínas de funcionamento das células.
Apesar de todas as descobertas da física quântica, a divisão entre mente e corpo prevalece no Ocidente. Os cientistas ainda classificam na mesma categoria das anomalias casos como o do rapaz que se curou por meio da hipnose.
O poder da mente pode ser ainda mais eficaz que as drogas das quais estamos programados a acreditar que precisamos.
Compilado do livro a Biologia da Crença de Bruce Lipton @Interconexão
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