Sagrado Feminino; A Menstruação na Metafísica



Renovação, desprendimento e aceitação da feminilidade.

A menstruação começa na puberdade e continua até a menopausa, aproximadamente quarenta anos mais tarde. A menstruação marca o início de um novo ciclo da mulher. Ela surge porque não ocorreu a fertilização do óvulo.

Durante o período de ovulação, existe uma orquestra de hormônios para favorecer a reprodução. É como se o organismo se mobilizasse para criar condições propícias à gravidez.

Como ela não ocorre, o processo é revertido, dando início à menstruação.

Com a menstruação surge uma significativa mudança no corpo da mulher.

A menstruação representa um importante marco metafísico desprendimento e da renovação. Metafisicamente, ela expressa a necessidade do desapego das pessoas, das experiências vivenciadas, das próprias idéias formuladas, etc., dando abertura para o novo.

A menstruação é uma experiência mensal no corpo da mulher que exercita sua habilidade de adaptar-se ao novo. A maneira como a mulher reage às mudanças na sua realidade vida, como a ruptura de um relacionamento afetivo ou, ainda, ser privada de usufruir de algo bom, vai influenciar no ciclo menstrual.

Quando ela consegue fazer suas transições sem maiores danos emocionais, isso influencia positivamente nos ciclos menstruais. Já, quando as mudanças em sua vida são encaradas de maneira trágica, e a transição é feita à base de muitas turbulências, isso poderá interferir nos ciclos, causando os distúrbios menstruais.

A experiência feminina desenvolve a habilidade para lidar com significativas transições na vida, facultando à mulher melhores condições para lidar com esses processos. O mesmo não ocorre com o homem; eles encontram mais resistência para mudar seus valores internos, alterar o curso de uma situação ou, ainda, superar um rompimento na relação com a pessoa amada.

Geralmente a mulher tem mais fibra do que o homem para lidar com esses eventos. A experiência da maternidade, por exemplo, exige da mulher essa capacidade de profundo envolvimento, seguido do desprendimento.

No início da gravidez ocorre uma espécie de fusão energética com o ser que está sendo gerado por ela. O elo entre a mãe e o bebe no útero é a maior integração que se pode alcançar com um outro ser. Durante a fase da gestação, o bebe torna-se praticamente parte do seu próprio ser.

No parto, a mulher vivência uma grande ruptura. O bebe é praticamente arrancado dela e passa para seus braços. Esse processo só não é mais complicado porque a mulher é compensada com a presença do filho nos braços, e pode contemplá-lo a todo instante.

Mesmo assim, algumas mulheres entram em depressão pós-parto, tamanho o abalo causado por esse processo.

Mais tarde, quando ele sai de casa para seguir sua própria, trajetória de vida, longe da mãe, essa é mais uma grande mudança na vida da mulher: ver seu filho deixando o lar.

A natureza exige da mulher uma grande fibra para suportar as grandes transições menstruais. Alguns outros sinais são evidentes nas mulheres que não fazem uma boa transição da infância para a maturidade; elas apresentam expressões infantis na fala e no comportamento. Tudo aquilo que exige atitudes maduras de sua parte será prorrogado em virtude da sua imaturidade emocional.

A orientação sexual recebida na adolescência contribui significativamente para a formação emocional da mulher. Informações exageradas em relação à higiene e com excesso de moralismo, como ter que lavar as mãos todas as vezes que for trocar o absorvente íntimo; ter que corrigir até a maneira de sentar-se na frente dos outros; não poder mais brincar com os meninos como antes, etc., são nocivas. Caso a adolescente, ao receber essas informações, dê importância a isso tudo, poderá reprimir sua espontaneidade e desenvolver a crença de que a menstruação é suja.

Acreditando nisso quando se encontra menstruada, a mulher sente-se feia e suja, imediatamente procura isolar-se dos outros, até mesmo do próprio parceiro. A sensação de sujeira facilmente é projetada no sexo; a mulher passa a encará-lo como, impuro e selvagem.

É comum essas mulheres apresentarem mania de limpeza também na casa.

Para sanar os problemas menstruais é imprescindível que as mulheres reformulem sua concepção de feminilidade, aceitando sua condição de mulher. E, ainda, não façam tanto drama diante do novo.

Aceite o fato de que na vida tudo tem um início, meio e fim. Encare o término de um ciclo de vida como o início de um novo processo que compõe a experiência humana.

AMENORREIA

Regressão na maturidade feminina.

Apego a situações ou pessoas que foram marcantes na sua vida.

A ausência de menstruação só é considerada amenorréia quando for superior a três meses. Isso em mulheres que mantinham os ciclos menstruais relativamente normais, ou que não estejam grávidas.

Metafisicamente, a amenorréia é conseqüência de um retrocesso no amadurecimento emocional e sexual. Ela pode ocorrer decorrência de um rompimento dramático no relacionamento com a pessoa amada, ou a perda de um ente querido. Isso provoca um sentimento de rejeição, desencadeando a depressão.

Ao se deparar com fatos que promovem drásticas mudanças no curso de sua vida, a mulher não procede de acordo com a existência da situação. Em vez de reagir com determinação diante das transições, nega a existência dos episódios, isolando-se em seu mundo interior. Prefere viver na ilusão de que aquilo não está acontecendo e tudo vai voltar a ser como antes do que encarar os fatos.

Essa maneira de reagir aos acontecimentos não é uma atitude mulher madura, mas sim infantil. Ela começa a regredir comportamentos, apresentando posturas infantis. O organismo responde à condição de imaturidade emocional com a suspensão dos ciclos menstruais.

A ausência de menstruação, fisicamente, pode ser apenas sintoma da anorexia nervosa. Esta, metafisicamente, é decorrente da não-aceitação da perda de controle sobre uma situação importante da vida da mulher, bem como da recusa dos fatos turbulentos que perturbaram a harmonia da convivência, causando profundo abalo emocional e muita tensão.

Viver sob tensão constante também provoca a suspensão da menstruação.

Em suma, a amenorréia está relacionada a complicações de ordem emocional, comprometendo o estado psicológico da mulher, bem como recusas da realidade feminina, e ainda pode ser causada pelo rompimento de uma relação com pessoas que são muito significativas para sua vida afetiva.

Para reverter esse quadro físico é importante adotar novas posturas de vida que metafisicamente favoreçam na regularização dos ciclos menstruais. Aceitar a realidade, por mais dura que ela seja, permitirá a você constatar benefícios futuros; nessa vida nada é por acaso, tudo tem uma razão de ser.

Mantenha a sua maturidade, reaja com igualdade aos episódios que se desenrolam ao seu redor. Em nenhum momento inferiorize-se ou sinta-se frágil diante dos grandes desafios.

Seja forte, pois os momentos tempestuosos vão passar e a harmonia vai reinar novamente em sua vida.

MENOPAUSA

Maturidade emocional da mulher.

A menopausa é uma das várias alterações naturais que ocorrem na mulher durante a vida. Está longe de ser uma doença; ela assinala o fim da capacidade reprodutiva. Ocorre porque os ovários vão deixando de produzir os dois principais hormônios que controlam a menstruação – estrógeno e progesterona.

Não se trata de um processo repentino, ele pode durar de quatro a cinco anos.

Durante esse período a mulher pode vir a ter menstruações irregulares, com intervalos cada vez maiores chegando a ficar vários meses sem menstruar e depois voltar a fazê-lo.



Cólica Menstrual

Metafisicamente, problemas menstruais refere-se a dificuldade de lidar com as mudanças. No tocante a cólica refere-se a apego. Permanecer apegado a uma situação e não realizar as transições necessárias.

Na vida muitas mudanças ocorrem, é necessário que a mulher desenvolva a capacidade de realizar as transições para manter a harmonia da convivência. Avalie o nível de apego que evitou a renovação em algum setor da vida. É importante trabalhar o desprendimento e reforçar o propósito de adaptar-se as diversas situações da vida.


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