Perséfone possuindo um temperamento introvertido (polo oposto a Hera) com questões de controle e poder do mundo interior, ela representa a deusa do submundo, preocupada com o mundo do espírito, o oculto, assuntos associados à morte. Como deusa do submundo ela se relaciona com o inconsciente e invisível, aquilo que esta oculto da mente rasa. Ela é mística, visionária e geralmente possui guias espirituais. Sua consciência é difusa.
Perséfone pertence à categoria de deusa ‘vulnerável’, orientada pelo relacionamento, tendo uma relação muito próxima com sua mãe, Deméter. Outro aspecto de sua vulnerabilidade, é que no mito Perséfone foi sequestrada, levada para o submundo e estuprada por Hades que a fez sua esposa. Sua mãe, Demeter, lamentou pesarosa em face de seu sequestro.
Pessoalmente acho muito triste o estupro ser parte dos mitos – desde o início dos tempos algo no fundo do inconsciente coletivo que ressoa até hoje no comportamento masculino – mesmo sendo uma deusa estar vulnerável a incapacidade masculina, ainda que de um deus, de conquistar seu “amor” ao invés de tomá-lo a força ou de lidar com uma resposta negativa – mas é a realidade.
Diz-se que Perséfone tem uma contraparte mais jovem de si mesma – Kore – outro nome para a jovem Perséfone. Algumas das histórias dizem que ela na verdade só passou a se chamar Perséfone após sua descida ao submundo de onde retorna rainha. Psicologicamente, isso pode ser uma representação de dois ou três níveis desse arquétipo: Kore , a Donzela, Perséfone (ou Deméter) , a Mulher Madura e Hecate , a Sábia.
A mulher tipo Perséfone é mais atraída pela natureza espiritual do que pela fisicalidade de seu parceiro. Ela pode inconscientemente atrair relacionamentos destrutivos ou parceiros potencialmente controladores. Como uma medida de proteção inconsciente, ela pode escolher uma alternativa segura em um parceiro mais jovem e não ameaçador, a quem ela pode ser mãe e portanto controlar.
Veja o Questionário de Tipologia da Deusa
Perséfone representa o arquétipo feminino místico e mediúnico, conectado com o mundo espiritual e invisível. Assim como a jornada ao inconsciente e a volta/renovação, representando essa natureza cíclica Perséfone é o arquétipo que nos auxilia em nossa descida as nossas próprias profundezas. Ela é um guia para o nosso inconsciente. O mito da Deusa nos lembra de nossa natureza cíclica e dual e da necessidade de fazermos um profundo mergulho dentro nós mesmas, indo ao encontro do que está reprimido em nosso inconsciente e assim voltamos a superfície para a primavera conscientes e enriquecidas pela jornada. Ela também é a criança arquetípica – irradiando otimismo e a boa esperança da primavera.
História mitológica: Resumo
Kore, filha de Deméter, era o aspecto donzela de Perséfone. Kore, a donzela, foi sequestrada, (por sugestão de Zeus) estuprada por Hades e forçada a ser sua esposa.
No mito de Perséfone, a jovem Kore estava colhendo flores em um campo quando arranca pela raiz uma flor de narciso, que exala um cheiro doce por todo o bosque, a terra por de baixo de Perséfone se abre, e Hades, seu tio e deus do submundo surge e a sequestra para ser sua rainha no mundo sombrio. A deusa, Hecate, fortemente associada com o lado negro da lua e com feitiçaria, foi a única a testemunhar o sequestro de Kore.
O rapto da noiva também era um costume entre os gregos e romanos onde a noiva sendo levada nos braços do noivo simula uma fuga e começa a gritar, pedindo o auxílio das mulheres que a acompanham. Porém também era costume um homem simplesmente raptar a noiva escolhida, muitas vezes com a permissão de seu pai, mas sem seu conhecimento ou de suas mães. Assim toda consumação era um estupro. Deusas não eram exceção. Devido a estes “costumes” há algumas divergências sobre ela ter sido realmente estuprada ou por fim estar de acordo com o pretendente, na maioria dos contos ela é considerada estuprada assim como as outras deusas não virgens. Um costume da época, ao que parece a romantização do estupro faz parte dos arquétipos primordiais desde o patriarcado.
Vale ressaltar que antes de ser raptada Apolo e Hermes tentaram “cortejar” Perséfone e Deméter recusou todos e escondeu Perséfone. O que por sua vez poderia levar a filha a simular, numa forma de manipular a mãe que sempre a manipulou, e assim poder se casar. Mas quem desejaria uma vida eterna no submundo?!
Uma vez no submundo Kore estava extremamente infeliz na escuridão. Ela também sentia muito a falta da mãe, Deméter, pois havia um vínculo muito íntimo entre mãe e filha.
A mãe, Deméter então lamentando a ausência da filha não cumpre mais com a sua tarefa de fertilizar os campos, nada brota na ausência de Perséfone, instalando-se o inverno e a fome. Zeus diante das consequências comanda que a Hades devolva a deusa da primavera a sua mãe a fim de que juntas elas devolvam à terra sua fertilidade.
Kore é então finalmente autorizada a se juntar à mãe, no entanto Perséfone é obrigada a voltar a cada Outono para passar quatro meses de cada ano no submundo com Hades porque ela havia comido o romã que o mesmo lhe havia oferecido no intuito de não perder a esposa em definitivo. Sendo regra que se alguém come algum fruto no submundo deve a ele retornar.
- A esterilidade da Terra significa psicologicamente que o feminino está dormente, por essa razão não há fertilidade e tudo se tornou árido.
O mito da descida cíclica de Perséfone ao encontro de Hades e seu retorno a superfície simboliza as estações do ano e a fertilidade da terra, assim como os mistérios femininos, que inclui a espera pelo tempo certo para que algo amadureça.
Perséfone é retratada dentro do mito como sendo ela mesma – Kore a jovem menina que passeia pelos campos, arranca a flor de narciso, e é raptada e a sua mãe Deméter – a deusa da agricultura, da fertilidade dos solos. Acredita-se que Kore como “donzela”, Deméter como “mãe” e Hécate como “anciã sábia” representam, nos tempos mais antigos, a natureza tripla de Perséfone nos vários ciclos de vida de uma mulher.
Enquanto Kore, a donzela esbelta e bonita, está associada com símbolos de fertilidade: a romã, o grão, o milho, e também com o narciso. Ela representa a mulher presa a uma mãe dominadora e super protetora, a eterna adolescente que se deixa manipular por outras pessoas. Mesmo adulta está sempre voltada a agradar a mãe, seus desejos e julgamentos, vivendo de acordo com os princípios dela não os próprios. Geralmente seu lado masculino(objetividade e foco) é ausente e primitivo. O homem é visto como intruso nessa relação, sendo necessário um rapto, para o relacionamento existir. De outro modo a mãe jamais o permitiria e Kore como o arquétipo jovem é dependente da aprovação alheia.
Como Perséfone ela representa o aspecto feminino que empreendeu a descida ao inconsciente, lidou com as suas sombras e por isso é capaz de guiar os outros em suas jornadas. Ela alcança um desenvolvimento psicológico e uma autonomia ao entrar em contato com sua subjetividade e não ficar presa à ela.
Psicologicamente, Perséfone está imersa no inconsciente coletivo, absorvida e moldada por ele. Perséfone funciona como vidente, mulher da medicina/curadora. Ela passa um ar de mistério que as pessoas não sabem definir bem porquê. Ela pertence à categoria de ‘ deusa vulnerável ‘ – sofrendo dores no relacionamento – humilhação por rapto e estupro. Sua consciência em vez de focada é difusa , absorvendo tudo.
- Para os romanos, Perséfone era conhecido como Prosérpina.
- Assim como Hera ela também é uma Rainha e ao contrário dela tem um casamento harmonioso com Hades, com raras brigas.
- Normalmente, a mulher de Perséfone possui um rosto jovem em qualquer idade.
- Ela é um tipo de prazer, cuja tendência não está inclinada a uma direção assertiva.
- Sua natureza – simpática, altamente sintonizada com os sentimentos e necessidades das pessoas.
- Ela responde às necessidades dos outros – tem dificuldade em dizer “não” – dificuldade em reconhecer e afirmar seus próprios limites.
- Diretamente insegura, sem a solidez de propósito possuído por suas irmãs virgens
- Música e natureza intuitiva, em vez de mente intelectual – dificuldade de ‘explicar’ seu raciocínio, pois é uma percepção intuitiva mais que racional.
- Menos à vontade com/em seu corpo e sexualidade do que outros tipos de deusas
- Forte conexão com a profunda ambivalência espiritual em relação ao mundo exterior e seu senso de ser incompreendida e alienada da sociedade convencional.
- Um tipo principal de Perséfone profundamente sensível, tipicamente possui uma estrutura de ego frágil, portanto, facilmente subjugada por sentimentos e impressões de seu inconsciente.
- O tipo de Perséfone tem dificuldade em discriminar e tem dificuldade em colocar suas impressões em palavras.
- Ela também é perspicaz.
- As mulheres tipo Perséfone também são bastante passivas e indecisas.
- Apetitosa capacidade de atravessar para outros reinos da consciência psíquica – muito em casa no mundo além dos sentidos físicos.
- Atraída pela metafísica, pela cura, pelo trabalho intuitivo e orientada a serviços.
- Por natureza, ela é reclusa, secreta, possuindo um sistema sensível que requer tempo de estímulo externo.
- “Submundo” entendido como “inconsciente” – então, Perséfone foi raptada para o “inconsciente” – para lidar com aspectos de seu próprio material inconsciente pessoal e também do inconsciente coletivo.
- Ela experimenta episódios de depressão e/ou surtos de doenças misteriosas, difíceis de diagnosticar.
- Perséfone também se liga a Afrodite, sendo que as duas rivalizavam em beleza.
- Um tipo básico de Perséfone não é
promíscuo.Ela pode ser inconscientemente atraída para parceiros que tentam dominá-la/controlá-la. Como proteção, ela pode mudar para amantes muito mais jovens, com os quais ela pode ser “mãe” e se sentir segura.
Desafios enfrentados por Perséfone
- Perséfone (Kore) foi forçada a viver no submundo durante parte do ano. A mulher de Perséfone é da mesma forma, obrigada a reconhecer e visitar seu próprio submundo interior – seu lado Negro – a consequência é a exposição a um sofrimento considerável. No entanto pode ser governado visto que ela se torna a rainha do submundo.
- Propensa a atrair pessoas com problemas graves ou possivelmente comportamentos abusivos.
- Propensa a doenças misteriosas difíceis de diagnosticar ou tratar.
- Sensação de profunda alienação, isolamento, depressão.
Indicadores de que a mulher de Perséfone não completou suficientemente seu desafio ‘Hades’:
- “Máscara facial” sempre jovem que desafia sua idade real na metade da vida
- Ela pode tender a usar o cabelo longo e solto na moda jovem até a meia-idade
- Ela tende a roupas mais floridas ou + femininas – ainda não amadureceu seu senso de identidade nos aspectos Mãe / Anciã desta deusa.
- Veja que ela sempre terá uma tendência a parecer mais jovem e feminina, também escolhendo roupas mais fluidas, e floridas estilo boho chic, mais românticas do que básicas ou sobreas, mas naturalmente deverá incluir outros aspectos com a idade, quando a diferença se torna gritante, não mais natural, aí então está o indicativo de que ela está presa em uma fase de si mesma. A donzela incompleta.
A Tarefa de Perséfone
A tarefa de Perséfone é retornar à “Mãe” – retornar à deusa madura que agora conhece separação, sexualidade e morte. De fato, as duas deusas são uma – na verdade, são três: a donzela, a mãe e a sábia anciã. O ciclo da vida e da morte precisa ser abraçado, assim também a dualidade como a luz e a escuridão. Ela é o florescimento e a ingenuidade da mulher que sugada pela escuridão do submundo passa a governa-lo, depois emerge dele sem deixar de ser a sua rainha.
Quando a mulher de Perséfone tenta apagar/negar a consciência de seu lado sombrio (raiva), ela continua sendo a donzela incompleta. A madura Perséfone que retornou de sua jornada no submundo viu tudo; ela une o nascimento e a morte dentro de si mesma. Ela se tornou a mulher sábia, alegre, no entanto também tendo acessado sua raiva reprimida, ainda mantendo sua juventude como uma mulher mais velha e madura.
Unindo as trevas e a luz da deusa dentro de si mesma – abraçando cada vez mais a vítima / mártir sofredora em sua consciência consciente. Endereçando seu problema em relação ao poder. A vontade de olhar para o rosto desse sofrimento e entender sua relação com ele – não de um lugar de culpa , mas de empoderamento. Reconhecendo que um apego tão forte à Luz molda uma sombra muito escura.
Perséfone deve renunciar ao seu eu de solteira (a persona amável, gentil e doce, com seus elevados ideais e apego à ‘inocência’, e renunciar ao seu desamparo) – permitindo a morte – quando ela desce para encontrar Hades – e, eventualmente, emergindo como a Mulher – em reconhecimento ao seu poder que ela agora aceita – não mais projeta esse poder nos outros.. Psicologicamente isso significa que para a mulher o ato do casamento significa a morte. A morte de sua ligação com a mãe e de sua imaturidade enquanto mulher.
A viagem interior é necessária para Perséfone amadurecer seus dons e se apoderar deles. Ela é sugada ao submundo mas deve reinar sobre ele, não se deixar governar por ele, o que acontece ao nega-lo.
Perséfone nos ensina a observar a vida, manter a calma, a olhar para dentro, saber refletir e mergulhar dentro de si sem medo do que vamos encontrar. Saber que tudo tem seu tempo e que há muito mais sabedoria dentro de nós do que podemos imaginar.
Lado escuro de Perséfone
O arquétipo vítima – pelo qual ela se sente impotente no meio de suas circunstâncias – ou o sofredor / mártir – “sobreviver” na simpatia dos outros – e, o outro lado – Hecate – a bruxa & assassina – aquela que ignorou os gritos de Perséfone – raiva inconsciente e reprimida que é projetada em outros.
A ferida de Perséfone
Uma mulher excessivamente identificada com o arquétipo de Perséfone se verá repetidamente atraída por situações, pessoas ou problemas de saúde que diminuem seu senso de poder pessoal. Essas situações/eventos não parecem ser de sua autoria – eles parecem acontecer com ela inesperadamente. No entanto, ela parece fortemente atraída para esses acontecimentos repetidas vezes causa-lhe a mesma dor repetidamente.
No mito Perséfone precisa passar um bom tempo no submundo antes de poder retornar a luz, só então a natureza cíclica se define. Enquanto o arquétipo não abraça seu submundo, não viaja para dentro de suas sombras para reinar sobre elas, o convite se faz repetidamente através de situações que parecem sugar a mulher para as “sombras”.
Dons de Perséfone
Sua receptividade, intuição, empatia para com o sofrimento dos outros, seus aguçados poderes de imaginação, inspiração, capacidade de ler os corações e mentes dos outros. Perséfone, uma vez amadurecida através de seu próprio trabalho interior, é o guia para o submundo. Com sua intuição desenvolvida nessa jornada ela é capaz de materializar no mundo exterior.
Sua adaptabilidade, como uma deusa que é a ao mesmo tempo da primavera iluminada e do submundo sombrio, capaz de andar entre os dois mundos, ela é, precisa ser adaptável.
Ela tem uma natureza introspectiva observadora, de quem depois de conhecer o submundo sabe que sempre há mais abaixo da superfície do que é mostrado. De quem olha a todos vendo tudo, vendo o invisível, não no sentido físico mas abstrato, ela busca ver o que está abaixo da superfície de todas as pessoas e de todos os eventos.
Personalidade de Perséfone
- Quando criança e adolescente:
- Tranquila, despretensiosa, complacente, ansiosa por agradar – semelhante a um salgueiro – tenderá a se adaptar às circunstâncias ou em relação a personalidades mais fortes ao seu redor
- Introvertida, imaginativa, muitas vezes vive em seu próprio mundinho de faz de conta, talvez como uma estratégia para escapar do desconforto que ela experimenta em seu ambiente familiar.
- Ela muitas vezes prefere brincar sozinha, ficar sozinha.
- Ela gosta de sua solidão, uma criança Perséfone pode ser encontrada sonhando acordada, ouvindo música.
- Não tem certeza de suas preferências, dificuldade em tomar decisões
- A criança de Perséfone é muitas vezes a criança “problema” da família ou bode expiatório porque suas sensibilidades não estão em conformidade com as normas familiares.
- A criança de Perséfone frequentemente enfrenta trauma na infância, emocional e / ou física.
- Como uma mulher madura:
- A madura Perséfone lutou com a donzela, Kore, aspecto de sua natureza. Ela está aprendendo a “dizer a verdade” – em vez de evitar e / ou mentir para os outros com medo de desagradá-los. Ela está aprendendo a estabelecer limites saudáveis – dizendo “não”, em vez de agir de maneira manipuladora, indireta ou culpada para satisfazer suas necessidades – evitando conflitos.
- A madura Perséfone está aprendendo a cuidar de si mesma, aprendendo a atender às suas próprias necessidades, com responsabilidade, pois ela entende, agora, como culpou outras pessoas no passado.
- A Perséfone madura está desenvolvendo uma relação consciente com seu “homem interior”, em termos junguianos, seu animus , que significa desenvolver sua natureza assertiva / de ação.
- A madura Perséfone encontra valor e significado no ritual espiritual.
- A madura Perséfone, que passou por sua experiência transformadora no Hades, está agora preparada para guiar os outros em sua descida ao submundo. Ela é mais compassiva, intuitiva e sabiamente guia os outros para se conectarem com sua própria profundidade e significado.
- A madura Perséfone pode ser encontrada trabalhando como curandeira, terapeuta, herborista, leitora de tarô, astróloga, escritora , fotógrafa, música, médica intuitiva, jardineira.
- Perséfone requer tempo “sozinha ” suficiente para regenerar suas energias, porque absorve as vibrações / emoções das pessoas ao seu redor. Música, natureza e experiências místicas recarregam suas baterias.
- Como mãe, Perséfone pode estar conectada a seus filhos de maneira intuitiva e psíquica e menos focada em sua fisicalidade.
Perséfone é uma verdadeira guardiã de todo seu conhecimento e de todos os mistérios mais profundos. Sabe, mas é humilde, não se vangloria de sua sabedoria e nem revela esses segredos para qualquer pessoa e não revela tudo que sabe. Demonstra sua sabedoria na prática do dia a dia, sem precisar ficar falando sobre o que sabe ou como algo deve ser feito. Simplesmente faz, às vezes sem nem serem notadas. Seus feitos podem se tornar públicos, reconhecidos. Mas a própria pessoa tende a discrição, não faz questão de aparecer pelo que faz tão pouco o faz para aparecer.
No tarô mitológico Perséfone representa a Papisa, arcano II. É uma carta que fala sobre uma grande sabedoria guardada por uma figura feminina. Trata-se de alguém que sabe muito, que conhece os mistérios da vida, mas que guarda todos eles para si mesma, não de forma egoísta mas porque sabe que é algo importante demais para ser compartilhado à toa. Ela mostra o que sabe por atitudes. Como ela mesma aprende observando as atitudes dos outros entende que na prática quem quiser poderá aprender por observa-la. A Papisa, assim como Perséfone sabe muito bem quando falar e quando calar. Quando agir ou quando esperar. É isso que nos ensina.
A Sacerdotisa é o símbolo arquetípico de tudo o que é desconhecido. Ela é onisciente, mas não revela nada e guarda os segredos do inconsciente. Representa o limite entre o mundo real e o aparente e todos os outros reinos. É o feminino conectado ao fator esotérico (Bartlett, 2011).
Guarda-Roupa da Deusa: Roupas mais fluidas, estilo boho chic, mais românticas do que básicas ou sóbrias, embora também ceda a um estilo mais gótico, seu guarda roupa tem um ar místico como a sua personalidade e também servirá a sua dualidade navegando dos tons claros e vibrantes até aqueles mais escuros, e entre a inocência e a sensualidade. Algo como que ao mesmo tempo menina inocente e mulher provocante.
Símbolos:
Geral: Primavera, grinalda de flores usada no cabelo, tocha, juncos, cachoeiras, rios e nascentes Invoque Perséfone para: fertilidade, geração, “morte/renascimento”, proteção
Animais: Serpentes, abelhas, Morcego, carneiro, papagaio e todos os pássaros
Aromas: Aromas florais, especialmente narciso e jacinto, amêndoa, baunilha e bergamota Plantas: Romã, narciso, salgueiro, lírio, hera, lírio do vale, lírio oriental, avenca, margarida e lavanda, papoula, narciso, alecrim e sálvia;
Bebida e comidas: romã, mel, cerveja, cidra, pães e grãos em geral
Pedras e metais: rubi, cristal, quartzo, ágata, ônix preto, turmalina rosa, safira, obsidiana, mercúrio, coral, ágata e jaspe
Cores: Verde, preto, azul claro e escuro, roxo, magenta, índigo, amarelo, vermelho e branco
Face da Deusa: Donzela e a Mulher madura
Dia: 4 de janeiro (Koré) e 32 de maio (Perséfone e Hades) Melhor dia para trabalhar: Segunda – feira
Planeta associado: Plutão, Lua
Sabá: Equinócio do Outono
Signo: Virgem – Perséfone tem essa habilidade de viver em dois mundos com tranquilidade e por isso personifica bem o signo de Virgem, regido pelo planeta Mercúrio, que tem essa flexibilidade e capacidade de se movimentar com leveza.
Elemento: terra
Estação do ano: Primavera e verão
Para concluir Perséfone é aquela que é capaz fazer a jornada ao mundo interior quando necessário e de saber quando voltar para as exigências do mundo externo renovada. Como rainha do submundo ela tem o poder governar o inconsciente se fizer a viagem. Esse é um poder “oculto” da deusa, ela recebe o convite de ativá-lo através de diversas situações na vida que parecerão dolorosas. É preciso fazer a jornada, então seu poder de materialização é imenso uma vez que o inconsciente estará sob seu domínio e não o contrario.
Atena – Ártemis – Hera – Perséfone – Afrodite – Deméter – Héstia
Indo um pouco mais além no Mundo dos Arquétipos
2 Comentários
Estou muito grata pela sua capacidade magnifica e estupenda de criar este conteúdo tão rico e detalhado sob re as deusas arquetípicas. Me vi na leitura nos mínimos detalhes do que a deusa representa em sua totalidade e poder como figura feminina e deusa. Parabéns, eu estou muito feliz e satisfeita nesta leitura, que tal publicar um livro hein?
ResponderExcluirimensos beijos!
Eu estou chocada!!!! Me descreveu toda! Eu sou Perséfone!
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