Reconhecendo a abundância




Reconhecendo a abundância 9


Como fazemos para nos desvincular dessa realidade de falta, de luta e restrições, e aceitarmos em nossa vida que somos merecedores?


Para ancorar o verdadeiro sentimento de abundância, devem reconhecer que há um processo envolvido de se desvincular do eu inferior, do eu egóico, que vê as restrições no mundo a partir de seus medos, suas dores, e suas próprias crenças.


O processo é de diluir seus registros de dor nas experiências que são trazidas em suas vidas. Observar a vida como uma oportunidade de diluir o corpo de restrições que se vinculam.


Por muito tempo acreditaram que seria necessário seguir os padrões sociais impostos pela sociedade. Vocês se vincularam a esses padrões através das suas crenças restritivas de escassez, de medo, de não conexão com a abundância de vida que há ao seu redor.


O processo é de se desligar dessas crenças através da mudança interior, do esvaziamento das suas restrições, que se vinculam ao mundo a manifestar a necessidade de seguir padrões impostos pela sociedade.


Ao seguir esses padrões, vocês inflam os seus corpos de restrições, justamente pelo medo que criam de não serem capazes de atenderem a esse meio, que os impõe uma forma de conduta. Ao assim se comportarem, se menosprezam, utilizam-se das máscaras que a sociedade os fez usar, tornam ainda mais dolorido algo que internamente já os incomoda.


Mas ao se defrontarem com o seu processo de cura, vocês iniciam o esvaziamento do seu corpo de restrições. Ele se esvazia e se transforma em sabedoria, que é o combustível que alimentará a expansão da sua consciência, a um novo entendimento e compreensão do mundo.


O processo de esvaziamento se dá a partir da derrubada das crenças, da aceitação das experiências como algo que está a iluminar a caminho de sua própria transcendência. E por transcendência dizemos o contato profundo com o seu interior, aquele que confia no universo, que não se vincula às restrições, que não projeta no mundo seu corpo de restrições, mas se vincula à sua sabedoria inata, aquela que cria a realidade de merecimento.


Tudo está vinculado. Os medos formam as crenças com o intuito de os conduzir a uma vida segura. Essa vida segura alimenta o corpo de restrições, inflando as dores interiores até que não mais a suportem.


Mas esse corpo de dor deve ser dissolvido para que passe a trabalhar em prol da verdade do coração, a criar a energia que será o combustível à mudança da vida, à coragem, ao próprio desafio para se obter aquilo que os tornará felizes.


É um ciclo que precisa ser rompido, primeiro internamente, de tomar contato com os verdadeiros anseios da alma. Isso é transcender, reconhecer a verdade oculta pelo corpo de restrições, pelo corpo de dor. Tomar contato com a verdade da alma é um ato de coragem, porque exige o contato com as dores do eu inferior. Libertando-se do eu inferior, do eu egóico, a verdade resplandece e ressurge de forma irresistível ao ser.


O caminho da abundância é de diluição de si mesmo, do eu inferior, de diluição das crenças restritivas, de esvaziamento do ego que exige segurança e bem-estar de acordo com os padrões sociais. E, na medida que essas crenças são diluídas, que o eu inferior se torna pequeno diante da energia criativa do coração, a verdadeira abundância surge na vida. O eu inferior abre espaço ao surgimento do Eu Sou, a partir da energia que resulta da diluição das crenças restritivas.


O caminho da purificação é o caminho da abundância plena. A partir da purificação interior, deixa de haver ressonância com as crenças restritivas, e a verdade da alma resplandece. E essa energia da verdade é a que se acopla ao campo áurico, e se transforma na energia criativa que atrairá o melhor à vida.


O caminho da abundância é uma estrada de auto realização, a partir da verdade interior. É um caminho de encontro da felicidade, onde há o abandono de si mesmo, do eu inferior, para que a energia do Eu Sou irradie a persona humana, que se transformará na luz de seus dias. O Eu Sou se torna a luz que iluminará a vida, diminuindo o corpo de restrições, amenizando as dores da alma trazidas pela forte presença do eu inferior. E a luz se faz presente a iluminar a vida!


Aqueles que não se enfrentam, não se conhecem. Aqueles que não se jogam, mas que lutam a permanecer no padrão, estão presos ao eu inferior, e continuarão por toda a vida a alimentar o corpo de restrições, que muitas vezes se converte na perda da saúde física, na perda da própria dignidade, na imersão da consciência na ilusão da matéria.


O caminho da abundância é de coragem, de abertura, de resplandecer a verdade sem pena de si mesmo, sem julgamento, sabendo que o melhor é feito no agora, e que o caminho é próspero, é mágico, é de alegria e de merecimento.


E assim a autoconfiança se constrói, o auto amor, o auto respeito, e o amor, passam a falar mais alto na vida daquele que se transforma em sua própria generosidade, daquele que não está preso à matriz de sofrimento, daquele que se liberta à vida limpo de seu corpo de restrições.


O caminho da abundância é um trajeto de confiança em si mesmo, de não se sentir inferior, de reconhecer sua capacidade, e a partir dela ancorar a coragem da transformação, de fazer o diferente a cada dia, e aos poucos se libertar dos papéis sociais que os prendem a uma rotina de infelicidade, incapacidade, e menosprezo consigo mesmo.


O Mestre é aquele que sabe que merece o melhor, que reconhece o direito de possuir uma boa casa, um bom carro, que não vê problema em ser servido pelo universo, mas que obtém isso tudo não pela luta diária de restrições, mas a partir da entrega em coragem à vida.


Como filho de Deus Pai/Mãe o Mestre sabe de sua capacidade de se vincular a Tudo o que É, e a partir da energia que ancora em seu coração, aceita ser ajudado de forma inesperada, como resultado de sua contribuição ao todo. Ele aceita porque é grato, porque também faz sua própria doação ao mundo e, assim, reconhece a sua verdade a partir de seu próprio merecimento.


É outra forma de se vincular ao mundo. Não é obter pela falta, mas se limpar interiormente, se conhecer, e a partir daí projetar seu merecimento, assim como de todos ao seu redor. É não se reconhecer como melhor, mas igual, na medida da igualdade de todos. E assim a vida se faz leve, sai do padrão, e se transforma na verdade do coração, limpa dos sofrimentos que carregam em seus dias.


A abundância surge livre a irradiar a vida daquele que já não se preocupa, porque já não sente a dor interior, já não tem medo e se faz merecedor de tudo o que é, em perfeição.


Thiago Strapasson


Fonte: www.pazetransformacao.com.br


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