Reconhecendo a abundância 11
O sentimento de merecimento vem quando nos habituamos a ver a abundância existente no mundo, quando deixamos de observar a falta e a escassez, e passamos a observar as oportunidades existentes. O merecimento vem junto da mudança de nosso olhar, quando nos empolgamos com a vida e tudo o que ela pode nos oferecer.
Nesse estado deixamos de ver as dificuldades, e passamos a ver oportunidades de nos realizarmos. São oportunidades que deixam de ser difíceis, que passam a ser vistas tão somente como oportunidades de buscarmos pela nossa felicidade. Somos tomados pela energia da motivação pela vida.
Nesse estado deixamos de projetar nossa ansiedade e de ter orgulho pelas nossas realizações, bem como decepções pelo resultado não obtido. Na verdade, deixamos de esperar resultados, projetar metas e formas de nos realizarmos, e nos abrimos ao nosso próprio merecimento.
Fortalecemos o sentimento de merecimento quando vemos que o mundo merece ser melhor. E ao vermos como tudo merece ser melhor, passamos a reconhecer que podemos ser merecedores também. Desse sentimento, passamos a contribuir com o todo, passamos a dar nosso melhor ao mundo, simplesmente por acreditar que ele pode ser melhor. E assim nos abrimos à nossa própria superação.
Mas não dizemos do julgamento ranzinza, que briga com o mundo, que entra novamente na energia da falta, da escassez. Dizemos de olhar as oportunidades, quando vemos que o mundo pode se tornar um lugar melhor, e vemos a oportunidade de contribuir com isso. Ao contribuirmos, reconhecemos nosso próprio merecimento. Simplesmente por ajudar o todo, nos tornamos merecedores.
Nessa visão, o mundo não se torna algo negativo, mas sim uma brincadeira cheia de oportunidades de melhoramento, e passamos a dar o melhor a essa contribuição. Abrimos nossa vida à abundância, pois em cada parcela que pode ser melhorada, não vemos um obstáculo, e sim uma oportunidade, onde somos capazes de contribuir, realizar, fazer algo melhor. É um ativismo interior que não se vincula à falta e à escassez. É um ativismo abundante de oportunidades, de vida, sonhos, motivação pela vida, e por tudo que podemos fazer a cada dia.
Mas nisso tudo não é o resultado que importa, mas simplesmente a oportunidade. O resultado depende do todo, não apenas de nós.
Passamos a viver no presente, vendo as oportunidades, onde podemos contribuir com o melhor, e assim, naturalmente, vamos nos sentindo merecedores de ter uma parcela dessa contribuição.
Deixamos de ver a falta. Vemos oportunidades, sobras, abundância, e assim nos permitimos viver dessa forma. Vivemos em um estado onde deixamos de projetar ansiedade nos resultados. Soltamos, desprendidos da obtenção de algo, e a visão se abre, expande-se, e nos tornamos nossa própria motivação pela vida.
A motivação pela vida surge ao fazermos isso diariamente, observando oportunidades e não obstáculos. E a cada pequena oportunidade que aceitamos, abrimos novas portas, novas oportunidades que antes não eram vistas. O ciclo se abre diante de nós, a energia da abundância se acopla a nosso campo, e nos tornamos um atrator do melhor, um atrator de oportunidades.
Ao contrário, quando projetamos nossa vida na restrição e na escassez, fechamo-nos aos resultados, criamos metas que são nada mais que projeções para nossa felicidade. Quando fixamos metas em nossa vida, estamos projetando uma condição futura para nos sentirmos realizados. E caso essa condição não se dê, nos decepcionamos. Mas se não temos projeções, não temos decepções. Só existe a decepção para aquele que estabelece uma meta para a sua felicidade.
O mestre não projeta, não cria expectativas nem anseio. Ele vive a ver oportunidades diárias que se abrem a partir da sua motivação pela vida, de seu sentimento de se realizar em tudo o que se propõe. Realização essa que não é somente para si, mas uma oportunidade de contribuir ao todo, e segurar uma fatia para si mesmo.
A cada dia você acorda e pensa: “Como posso contribuir ao todo?” Pede ao universo que mostre os caminhos por onde poderá contribuir. E dessa contribuição, a mágica se faz, e aquilo que era uma brincadeira, uma porta, transforma-se em um negócio próspero, em uma oportunidade de contribuir de forma abundante ao mundo e a si próprio.
Vocês afirmam então:
“Eu não sustento anseios, não faço projeções, não olho a escassez do mundo. Eu vejo as oportunidades onde posso contribuir ao melhor. Penso em como realizar essa contribuição, motivo-me ao pensar que minha contribuição poderá auxiliar pessoas, processos, lugares e ambientes. Assim crio oportunidades à minha vida. Oportunidades essas que se transformam em abundância na minha vida, que se desdobrarão em novas oportunidades. Vivo a me divertir, porque os obstáculos me motivam a continuar, vendo outras oportunidades para o meu próprio crescimento. O meu merecimento surge na medida que eu sei que contribuo. Se eu contribuo, porque também não posso usufruir? Eu me motivo de ver a vida dessa forma. Eu não vejo mais os problemas do mundo, mas sim oportunidades de contribuição ao melhor. Pergunto-me a cada dia como irei contribuir ao mundo hoje, e o que vou fazer para dar minha contribuição a tudo isso. E assim me motivo e saio para a vida buscando essa forma de ver o mundo. As oportunidades que antes não eram vistas porque eu estava preso dentro de minhas próprias metas, projeções, no meu orgulho de obter o resultado planejado, surgem, irradiam diante de meus olhos. Eu olho e digo: aqui há uma contribuição, algo que eu posso fazer melhor, onde eu posso tocar outras pessoas, e posso contribuir com o planeta. E esse sentimento me motiva e então me torno merecedor. Se estou motivado pela vida, Eu Sou merecedor.”
Thiago Strapasson
Fonte: www.pazetransformacao.com.br
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