Ter uma rotina atarefada não significa estar imerso nesses compromissos.
Aquele que aceita a abundância em sua vida, não se restringe, não se classifica como sendo algo. Ele sabe que há um número infinito de possibilidades, e se sente capaz de realizar cada um desses compromissos, sem perder a sua paz.
A questão não é a rotina que possuem, mas como conduzem os seus dias. Se a sua rotina o leva ao stress, à ira, à ansiedade, à ganância, ao orgulho, está fora do seu ciclo natural, e significa que está imerso nessa realidade planetária. Mas se, por outro lado, são capazes de conduzir as suas rotinas diárias com leveza, ainda que com grande número de atividades, sem sair de seu centro de equilíbrio, significa que estão seguindo o fluxo da vida.
A grande verdade é que na matéria não há qualquer um que seja totalmente livre de compromissos. A própria vida em sociedade impõe uma rotina, com tarefas, compromissos, e horários a serem cumpridos. Obviamente que alguns se adaptam melhor a uma rotina de compromissos, e se sentem bem nesse estado, enquanto outros preferem maior liberdade e não se sentem bem com horários e agendas.
O fato é que todos, sem exceção, de alguma forma devem se moldar à vida em sociedade, com horários para estarem em determinados locais, com padrões aos quais devem se inserir. Na matéria ninguém está totalmente livre desse estado enquanto se propõe a viver em sociedade.
A grande questão não é a quantidade de compromissos que possuem, mas como se sentem diante deles. Pois há aqueles que se sentem bem tendo uma rotina com muitas tarefas ao mesmo tempo. São capazes de meditar nesse estado de compromissos, de não se vincularem aos dramas diários. Mas também há aqueles que preferem ter uma única atividade ao dia, que se sentem bem seguindo uma rotina mais leve e suave.
Vocês olham ao redor, no entanto, e veem padrões, padrões do que é ser espiritual, do que é ser abundante, do que é ter uma rotina. Mais que isso, se rotulam como sendo advogados, professores, trabalhadores, músicos e acreditam que são capazes de desenvolver uma única atividade, de ter uma profissão.
Mas, de fato, aquele que se abre à abundância da vida, percebe que é capaz de ser tudo isso ao mesmo tempo, de levar a vida com uma rotina de compromissos, sem se vincular aos dramas diários. Se capacita a não se rotular como sendo isso ou aquilo, está aberto à mudança, à realização de muitas atividades, a se tornar um centro de abundância aberto ao universo.
Quando se fixam em uma única possibilidade, se fecham a tudo o mais que existe. Mas quando se abrem à possibilidade de inúmeras realizações ao longo de seus dias, ainda que isso implique em ter uma agenda repleta de compromissos, vocês se abrem ao fluxo, porque se tornam centros atratores de oportunidades.
Mas há ainda um outro ponto: A rotina pode ser algo favorável na matéria. Tudo depende do estado que se encontram. A rotina é algo que organiza suas atividades. E organização é algo que traz serenidade e tranquilidade. Tudo depende de como veem a si próprios.
A grande verdade é que há modelos que incorporam para si. O modelo espiritual é do guru, daquele que passa os dias a meditar em tranquilidade. O modelo do homem de negócios é aquele que vive com uma rotina cheia de compromissos e estressado. O modelo do ser livre é aquele que vive de bem com a vida, em uma praia ou bosque, a descansar. Mas ao incorporarem e aceitarem esses modelos, não percebem que desde que seus corações o levem a isso, vocês podem ser o guru que participa de negócios, que possui uma rotina, e frequenta a praia com seus amigos. Vocês podem ser todos esses personagens, e assim se transformam nesse centro de abundância e prosperidade na vida.
E isso se dá porque simplesmente deixaram de se rotular, deixaram de se restringir, de dizer que são isso ou aquilo, de pensar que ter uma rotina de compromissos não é ser espiritual, ou que não é saudável, pararam de ver o guru como aquele que passa os dias a meditar, com leveza e tranquilidade, e podem passar a ser o guru que vive em paz em meio à sociedade, porque já não se vinculam aos dramas sociais.
Começam a reconhecer e se tornarem o fluxo da abundância, como aquele que é capaz de experimentar, de testar a si mesmo, de realizar, de ir e desistir, de se transformar. O abundante é aquele que não se rotula, não se fixa em padrões, mas está a se transformar, ainda que isso implique em uma rotina de compromissos diários, se assim se sentir bem.
A grande questão não está na rotina da vida em si, mas sim como a experimentam, como lidam com ela. Se fazem isso porque se restringem e se sentem incapacitados de experimentar o novo, ou se simplesmente fazem porque sentem o fluxo a os chamar a esses compromissos, que a vida em sociedade os traz.
Vocês podem ser o que aceitaram para si, podem ser o homem de negócios, o guru, o professor, o membro familiar, o artista, o músico, e compor esse grande número de tarefas, sem se vincularem a isso ou aquilo. Passam a permitir, a soltar, a deixar fluir, e se abrir ao fluxo da vida, permitindo que o universo os sirva através de infinitas portas. Isso é ser abundante, permitir que o universo os sirva sem se rotular ou se restringir.
E assim vocês deixam de projetar condições para a sua própria felicidade, tornam-se abertos a aceitar tudo aquilo que o universo está disposto a oferecer, sem se negarem a receber. Quando se rotulam, vocês também projetam condições e metas pessoais para a sua felicidade, mas isso é deixar de ser abundante, é se fechar ao fluxo de tudo que a vida pode os oferecer.
Aceitar é estar conectado a esse estado de entrega, de curiosidade por experimentar e viver novas experiências, não deixando de ser algo para se tornar outra coisa, mas vivendo e se transformando a cada dia, a cada minuto, aceitando de maneira inesperada que o universo possa os servir com tudo o que merecem.
É não rotular a forma como desejam ser servidos, mas aceitarem que isso pode acontecer de maneira inexplicável, que pode surgir com uma carta, um convite, um encontro, uma nova atividade. Basta que haja confiança no processo, que não se vinculem à rotina, mas a transforme nessa capacidade de ser muito além do que dizem ser possível, de confiarem que tudo está bem e sempre estará.
Deixar de seguir padrões, não é deixar de realizar as atividades sociais, de se inserir em um ambiente, com regras próprias. Deixar de seguir padrões é não se rotular, é aprender a se conhecer, para que assim possam viver realizando tudo que os faz se sentirem bem, de se darem o direito de recomeçar quantas vezes forem necessárias, de não deixarem de ser algo para se transformar em outro algo, mas serem tudo isso ao mesmo tempo, se desprendendo de rótulos, de imagens, apenas sendo aquilo que o coração pede a cada momento.
Transformar-se em um ser abundante, é se tornar um centro atrator, que está sujeito à sua própria transformação, que aceita a vida como é, e faz como a água: insere-se nos meios mais diferentes sem perder a própria essência divina e paz interior. É ser aquele que não se rotula, mas que também não planeja, vive e se insere nessa rotina com felicidade, alegria e, acima de tudo, paz interior.
Thiago Strapasson - 29/07/2017
Fonte: www.pazetransformacao.com.br
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