Reconhecendo a abundância 1
Quando olhamos ao nosso redor o que vemos são muitos que necessitam de algo e de outro lado poucos que desfrutam de tudo. Observamos nesse estilo de comportamento um padrão coletivo, onde a falta e a necessidade imperam, ao lado do acúmulo.
Imperam, por um lado, em razão daqueles que não possuem o necessário, por outro, em razão daqueles que em razão do medo da falta acumularam desnecessariamente recursos que jamais serão utilizados, ou pior, que sozinhos seriam incapazes de utilizar.
A falta, a necessidade, impera dos dois lados, porque ambos sustentam o medo por aquilo que não possuem ou por aquilo que podem vir a não possuir. São dois lados da mesma moeda, onde o acúmulo de um é a falta do outro.
A energia da falta, do desequilíbrio de recursos, portanto, é um padrão coletivo da humanidade. E, por conta desse padrão, todos trabalham em um nível de comparação, seja daquilo que gostariam de ter ou então se comparando com aqueles que não possuem e temem se tornarem iguais. Mas sempre haverá esse padrão, onde então passam a lutar arduamente, dia a dia, para ao menos manterem o padrão que entendem como o necessário de suas vidas.
É a partir desse padrão que o sistema se mantém. Porque em razão do medo e da energia da falta, onde a sobra de alguns é a falta de tantos, iniciam um processo de luta pela sobrevivência nesse meio.
A partir dessa visão iniciam o processo de adormecimento interior, de abrir mão de vocês mesmos, de não se sentirem suficientes em suas vidas, de querer aquilo que não possuem, mas que outros tem.
É a partir desse sentimento também que se desenvolve a corrupção, o crime, e tantas outras formas de pensamento que sustentam a matriz energética planetária. Todas essas formas de pensamento, são padrões coletivos que sustentam grande parte do sofrimento existente no mundo.
Mas essas formas de pensamento são sustentadas pelo sentimento de falta, de não haver o necessário a todos, da incapacidade de olhar ao lado e ver quanta abundância há no mundo, de balizar a vida a partir daquilo que realmente é necessário aos seus dias.
Tudo isso é o que mantem tantos dentro da dura rotina de trabalho, onde passam uma vida sem serem completos, vivendo um dia após o outro, lutando por manter o padrão que atingiram e pensam ser necessário às suas vidas ou ao menos para sobreviver em seus dias.
Mas tudo isso é uma forma de pensamento que justamente gera um padrão coletivo. E não se trata de um padrão local, mas sim mundial. É um padrão onde os mais ricos e abastados, levados pelo medo, são conduzidos à ganância, à exploração daqueles que necessitam sobreviver. Esses, por sua vez, entendem ser necessário se submeterem a esse padrão, em prol de sua própria sobrevivência. E ninguém vive o verdadeiro sentimento de abundância da alma.
O que não se percebe é que ambos estão a submergir na matriz de sofrimento, na energia da falta de confiança em Deus, ambos não conhecem o verdadeiro sentimento de abundância que traz tudo que necessitamos a nossa vida. E é justamente esse padrão que leva tantos a abrirem mão de ouvir o chamado do coração e se contentarem a uma rotina que é mais ou menos boa, com algo que não os torna totalmente felizes, que os faz abandonar aquilo que faz seus olhos brilharem, que os faz inclusive se esquecerem desse sentimento de felicidade com a vida.
Aqueles que ancoram esse padrão coletivo de falta e necessidade, se conformam, em prol de sua sobrevivência, a se tornarem mais ou menos, a viver muitas vezes uma vida vazia de significados, em prol de manter o padrão esperado, de ser aceito pela sociedade, e não ser justamente aquele que quebra com as regras e que foge ao padrão, que saem da “caixa”, como dizem, em prol de buscar sua própria felicidade, que altera o padrão do necessário, que busca a felicidade naquilo que possui.
E esse é um sentimento que impera dos dois lados, pois vemos quantos no mundo que tanto possuem em termos de uma vida material, mas vivem uma vida fugindo, utilizando-se de medicamentos, de drogas, bebidas, festas, luxúria, com ajuda de terapeutas que servem somente para os aliviar esse sentimento de vazio interior. Por outro lado, vemos aqueles que, na falta, também lutam com tudo que possuem para ter um pouco mais, muitas vezes abandonando sua própria dignidade.
O mundo, da forma como diariamente se apresenta diante de nossos olhos, é que nos conduz a enfrentar uma rotina de trabalho pesado, nos faz inclusive pensar que somos livres, felizes e abundantes, mas que no fundo é apenas outro personagem a nos dizer que não temos o suficiente, que estamos tentando manter com dignidade nossa própria sobrevivência.
Thiago Strapasson - 15/07/2017
Fonte: www.pazetransformacao.com.br
0 Comentários
Deixe seu comentário